sábado, 21 de agosto de 2021

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Fumar é um problema para o meu coração?


O tabagismo vem reduzindo muito no Brasil principalmente após medidas relativas a aumento de impostos e proibição de fumar em locais públicos, no entanto ainda é significativo.

É necessário destacar que a principal causa de morte entre fumantes é a doença cardiovascular.

De um outro ponto de vista pacientes com doença cardiovascular devem parar de fumar a fim de evitar a progressão da doença cardiovascular.

Já existem tratamentos eficazes para cessação de tabagismo, que vão de metodologias de abordagem psicológica e comportamental até utilização de medicamentos para auxílio no processo.

Para a doença cardiovascular, o mais importante é o tempo de tabagismo e a quantidades de cigarros consumidos no período.

É essencial para quem compreende a importância de parar de fumar buscar reconhecer os hábitos, situações e atos associados ao momento de fumar.


Dr. Danilo Stabile Gonnelli - Cardiologista

sábado, 5 de junho de 2021

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Obesidade e Hipertensão Arterial:




terça-feira, 5 de janeiro de 2021

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IVERMECTINA E COVID-19

Com a enorme publicização de alguns supostos tratamentos para a infecção pelo COVID-19, achei necessário o esclarecimento após estudo aprofundado de tudo que há na literatura médica sobre o assunto. Claro que nós, profissionais de saúde, queremos muito não só uma maneira de prevenção mas um método efetivo de tratamento para esta doença tão importante que modificou a rotina de todos.

A Ivermectina é um agente antiparasitário (usado para tratamento infestação de vermes e alguns protozoários), que vem sendo pesquisada recentemente por uma atividade antiviral contra uma ampla gama de vírus, sendo esta atividade, originalmente identificada como um inibidora de uma enzima do vírus HIV, consequentemente  inibindo a replicação do vírus. E, a partir desta identificação, passou a ser pesquisada para diversos vírus do tipo RNA e DNA sempre in vitro  (no laboratório sem uso de animais ou testes em humanos), exceto em um estudo realizado com o vírus da chamada pseudo-raiva, onde apresentou efeito tanto in vitro quanto in vivo, prolongando a vida de camundongos infectados. Outro estudo com o Zika vírus não obteve o mesmo sucesso em animais. Outro estudo na Tailandia, já em humanos infectados com o vírus da Dengue, mostrou redução da carga viral (diminuição da “quantidade de vírus”) porém sem nenhuma melhora dos pacientes.

Um estudo publicado em Junho de 2020 em um periódico chamado Antiviral Research (Caly et al.), testou a ação da ivermectina em culturas de células semeadas com o vírus do SARS-COV-2 (COVID-19), e obteve uma inibição significativa da replicação viral, tornando-se o primeiro passo para levantar a hipótese de que o fármaco pudesse ter alguma ação em pacientes infectados pelo vírus.

Lembrando que a ação nem sempre se reproduz em animais ou humanos e, mesmo que tenha êxito na inibição do vírus por qualquer mecanismo, isso não significa que o paciente obterá melhora do quadro ou não progressão da doença como consequência. São apenas hipóteses geradas na busca de respostas para um tratamento mais efetivo da doença.

Um estudo observacional do tipo caso-controle, ainda no formato “pré-print” (ou seja, ainda não revisado e publicado) no medrxiv em 10 de junho (ICON), através da observação de 280 pacientes confirmados para COVID, de 4 Hospitais da Flórida, comparando pacientes que haviam tomado pelo menos uma dose de ivermectina e pacientes com tratamento padrão, relatam resultado promissor de redução de mortalidade mesmo nos pacientes mais graves. No entanto, caso seja aceito para publicação e os dados confirmados, ainda assim apenas levanta a necessidade de realização de estudos maiores e controlados para retirar fatores confundidores da análise.

Em resumo: Não tomem ivermectina em casa por enquanto!!!Aguardem os dados serem devidamente publicados, validados e interpretados para sabermos se existe alguma evidência de benefício

A ANVISA, em Julho/2020, emitiu uma nota de esclarecimento para reforçar que não existe nenhum estudo conclusivo que aponte benefícios no uso da IVERMECTINA para o COVID.

O CDC dos EUA também não recomenda o uso da ivermectina para o tratamento de COVID, exceto para pesquisa.

Universidades Brasileiras também vem estudando o medicamento, porém, até o momento sem sucesso.

Desta maneira, fica claro que qualquer indicação neste momento de Ivermectina para tratamento de infecção pelo SARS-COV-2 (COVID), é totalmente sem fundamento.
Aguardamos pesquisas e torcemos por bons resultados.

Danilo Stabile Gonnelli
Médico - Especialista em Clínica Médica
Residente de Cardiologia Clínica 

terça-feira, 2 de junho de 2020

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Fatores de risco para COVID-19: Anti-hipertensivos em pacientes com COVID-19:
Com a Pandemia de COVID-19, e o grande volume de informações que surgem na mídia e nas redes sociais, muitas vezes soltas e interpretadas de maneira equivocada por profissionais de outras áreas, tornando necessário o esclarecimento de algumas dúvidas, a partir de materiais de fontes serias e consagradas na literatura médica.
Uma das informações que mais circula é a relação da idade e de algumas doenças ou condições, chamadas de Fatores de risco para maior susceptibilidade a desenvolver formas graves da doença (SARS-COV-2), conhecida como “Síndrome Respiratória Aguda Grave”.
Um dos supostos fatores de risco mais citados, é a hipertensão arterial além de aventada a hipótese de um grande grupo de medicamentos muito importantes no tratamento dessa patologia e da insuficiência cardíaca, terem seus mecanismos de ação associados ao desenvolvimento desta forma grave, através de mecanismos moleculares que atuariam dentro da cascata de eventos desencadeados pelo mecanismo de ação do medicamento.
No entanto, como publicado em 30 Março de 2020, em uma das mais importantes publicações do mundo, o New England Journal of Medicine (NEJM), em artigo: Renin Angiotensin Aldosterone System Inhibitors in Patients with Covid-19, que trata do uso desse grande grupo de medicamentos do qual fazem parte inúmeras medicações muito utilizadas no prática clínica em pacientes com COVID-19 (suspeitos ou confirmados) analisando dados dos estudos existentes e series de casos publicadas durante a epidemia na China.
Foi observado, em síntese, que apesar de desde a epidemia anterior por um outro tipo de Coronavirus (SARS-COV-1 - entre 2002 e 2003), existir a preocupação da interação entre o vírus e o grupo de medicamentos como fator potencializador de sua infectividade, participando como parte da virulência (capacidade de causar danos) do coronavírus, NÃO EXISTEM AINDA DADOS SUFICIENTES PARA APOIAR OU AFASTAR ESTAS PREOCUPAÇÕES.
Nestas séries de casos da China lançadas durante a pandemia de COVID-19, a Hipertensão foi condição coexistente mais frequente em 1099 pacientes com prevalência estimada de 15% porém ela parece ser menor do que a prevalência estimada em outras infecções virais.
Na China de 30 a 40% dos pacientes com hipertensão são tratados com antihipertensivos, destes apenas 25 a 30% usam os medicamentos deste grupo e não existem dados do padrão de uso das medicações e o resultado dos tratamentos, para conhecermos se as indicações de tratamento foram adequadas, o que dificultaria muito a analise da correlação entre o uso destas medicações em relação ao desenvolvimento do quadro grave da doença.
Sabemos que o uso dessas medicações é de benefício inquestionável em pacientes com hipertensão arterial (Pressão alta) e insuficiência cardíaca, DEVENDO SER MANTIDA, como é consenso das sociedades Europeia, americana e brasileira de cardiologia.
Dr. Danilo Stabile Gonnelli ( Especialista Clínica Médica)
Dr. Carlos Alberto Gonnelli (Especialista em Cardiologia, Terapia intensiva e Clínica Médica)

quarta-feira, 1 de março de 2017


Pressão e colesterol altos deixaram de ser um problema só de homens. As mulheres também precisam mantê-los sob controle. Entenda por que e proteja-se.

A hipertensão não provoca sintomas, então toda atenção vale a pena para controlar a pressão arterial.


Fique alerta: cada vez mais os males cardíacos atingem mulheres de diversas idades. 

Não é à toa que, de acordo com o Ministério da Saúde, o infarto hoje é a principal causa de morte entre brasileiras acima dos 50 anos. A população feminina precisa se conscientizar de que também está em risco.  E ninguém deve esperar a menopausa chegar para tomar providências. Quanto antes a mulher começa a medir e a controlar o colesterol e a pressão (dois fatores que ameaçam o coração), maiores as chances de evitar problemas no futuro quando o estrogênio, hormônio que protege a saúde cardiovascular, começa a cair naturalmente. Veja a seguir os cuidados que devemos tomar durante a vida toda.
 

Conheça seu histórico familiar e perceba sua rotina

As doenças cardiovasculares estão ligadas a fatores hereditários. Se alguém da sua família teve infarto, insuficiência cardíaca, angina, AVC (acidente vascular cerebral) ou já fez alguma cirurgia cardíaca, procure um médico para avaliar sua saúde. Mas nada de bobear só porque na sua família não existe histórico. Fatores não hereditários (os que estão ligados a nossos hábitos de vida) pesam bem mais que a genética quando o assunto é saúde cardiovascular.

Faça uma lista do que vocêw faz ou deixa de fazer. Você come bem? Pratica atividades físicas regularmente? Cuida das emoções? Fuma ou convive muito com fumantes? Sabe qual é sua pressão arterial normal? Na próxima consulta leve estes dados para seu médico ver.

Vá ao médico


Fazer aquele monte de exames que o médico pede todos os anos é fundamental, sim. Esse controle anual é a melhor maneira de verificar as taxas de colesterol, de glicemia (o excesso de açúcar pode levar ao diabetes, doença perigosa para o coração!) e de triglicérides, entre outras.

A partir dos 50 anos, os exames devem ser mais rigorosos. Dependendo do caso, o médico pede com uma frequência maior. A chegada da menopausa ameaça a saúde do coração feminino porque o hormônio estrogênio, que diminui muito nessa fase da vida, é um protetor natural. Ele ajuda a tirar o colesterol ruim de circulação.
 

Mude seu hábitos

Fique de olho no seu prato: Aumente a quantidade de verduras, legumes e frutas, diminua as frituras, as comidas industrializadas e muito gordurosas e segure o sal. O brasileiro ingere três vezes mais sódio por dia do que deveria. Esse controle está literalmente nas suas mãos.

Afaste-se do cigarro. Se você ainda fuma, faça um esforço para parar, pois o cigarro não faz nenhum bem à saúde. Se convive com pessoas que fumam, evite ao máximo ficar perto da fumaça. 

Ninguém precisa virar atleta para estar em dia com as atividades físicas. Se você conseguir fazer exercícios por 30 minutos, três vezes por semana, seu coração já estará bem mais protegido. Tente!
 

Conheça o perigo

O alerta de que o coração não vai bem é diferente nas mulheres e nos homens. Sinal de infarto nos homens é aquela dor forte no peito que irradia para os braços. Na mulher isso não ocorre. Os sintomas são dor nas costas, náusea, muito suor e palidez. Isso pode confundir até os médicos e o socorro chegar tarde demais! Se você notar inchaços pelo corpo, falta de ar e dor no peito, pode ser sinal de insuficiência cardíaca ou angina. Corra logo para o pronto-socorro.
 

Controle o colesterol

O colesterol é uma substância que existe naturalmente em nosso organismo e no de outros animais. Ele é importante para produzir hormônios e vitaminas, por exemplo. Existe o bom (HDL) e o ruim (LDL). O segundo, quando em excesso, pode se depositar nas paredes das artérias e dificultar a passagem do sangue, causando sobrecarga e problemas no coração. O problema é que a gente não percebe quando isso está acontecendo, pois não há sintomas. Você pode estar à beira de um infarto ou AVC sem nem suspeitar que tem um problema. Por isso é preciso controlar os níveis de colesterol no sangue fazendo exames todos os anos e mantendo uma alimentação saudável, sem exageros nos ovos, frituras e carnes gordurosas. Além disso, atividades físicas ajudam a manter os níveis de colesterol no lugar certo.
 

Monitore a pressão

A hipertensão não provoca sintomas, então toda atenção vale a pena para controlar essa bandida. Entre as mulheres, veja só, ela provoca mais males do que entre os homens, como mostrou uma pesquisa recente feita nos Estados Unidos. Além de medir a pressão de vez em quando, maneire no sal e nos alimentos industrializados, quase sempre ricos em sódio. Tente evitar o estresse e aprenda a relaxar. Que tal fazer um alongamento em casa toda noite, respirando profundamente? Alguns alimentos têm ação comprovada pela ciência como auxiliares no controle da pressão. A beterraba é um deles, principalmente se for tomada como suco. Um copo de 250 ml, feito com duas beterrabas, pode ajudar bastante, mas de maneira nenhuma substitui a medicação receitada pelo médico nem as outras medidas preventivas citadas aqui.



VOCÊ SABIA?

• que uma lata de refrigerante comum ou suco artificial contém cerca de 150 calorias?
• que beber uma lata de refrigerante por dia, sem diminuir calorias de outras fontes, pode lhe adicionar até 7 quilos em um ano?
• que diminuir a quantidade de refrigerante ingerida auxilia no controle de peso e diminui possibilidade de desenvolver diabetes?
• que o café e o chá são livres de calorias, se não adicionar açúcar ou outros complementos, e podem até ter alguns efeitos benéficos à sua saúde com consumo moderado?
• que os sucos naturais possuem muitas vitaminas, mas têm muitas calorias e é melhor limitar seu uso a um copo por dia?
• que as bebidas adoçadas artificialmente possuem poucas ou nenhuma calorias, porém seus efeitos a longo prazo são desconhecidos, devendo-se limitar seu uso?
• que o leite também fornece muitas calorias, não sendo necessário beber mais do que um ou dois copos do tipo semi-desnatado ou desnatado por dia, lembrando-se de garantir o cálcio de outras fontes?
• que o álcool pode ser tanto um tônico quanto um veneno, a depender da dose, sendo o consumo moderado a chave para evitar problemas desagradáveis?
• que as bebidas esportivas foram desenvolvidas para reposição de calorias, eletrólitos e fluídos para atletas em exercícios de alta intensidade que duram uma hora ou mais?
• que os famosos energéticos têm tantas calorias quanto os refrigerantes, cafeína suficiente para aumentar sua pressão arterial e uma lista interminável de outros aditivos e ervas, cujos efeitos sobre sua saúde a longo prazo são desconhecidos?

FONTE: HARVARD School of Public Health
http://www.hsph.harvard.edu/nutritionsource/healthy-drinks